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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Onde está o Bruma - Crónica de Miguel Sousa Tavares

O meu caro Eduardo Barroso ficou muito escamado por eu ter escrito sobre o Sporting (coisa que, aliás, não me ocorre com frequência), divergindo da linha politicamente correcta de apoio a Bruno de Carvalho. Obviamente, não o incomoda que eu fale da van de sérvios contratada pelo Benfica e, menos ainda, que me questione sobre a necessidade de o FC Porto dar 10 milhões por um defesa central, a acrescentar aos outros seis que já lá tem. Que eu critique actos de gestão dos outros, e particularmente do meu clube, ele deve achar excelente; mas que ouse beliscar o génio gestionário do novo presidente do Sporting, isso parece que é crime de lesa - Majestade. E, do alto da sua incomodidade, ele grita: « Deixem -nos em paz!»

Impossível, meu caro Eduardo. A direcção deste jornal paga-me para eu, bem ou mal, dar a minha opinião sobre os assuntos que interessam, e não para calar alguns, a pedido do Eduardo Barroso ou de quem quer que seja. E acredite que já tive alguns pedidos insistentes, digamos assim, para não falar disto ou daquilo. Mas quando aqui cheguei, estabeleci logo, no meu primeiro texto, as regras do jogo: não tinha a pretensão de me imaginar isento - visto que reconheço que as cores clubísticas deformam qualquer juízo, e eu não serei excepção - mas seria sempre independente, no sentido de não estar ao serviço do meu clube nem de quaisquer interesses que não aquilo que penso. E julgo que os meus leitores já aprenderam que nunca evitei as criticas que entendi justas fazer ao FC Porto e seguramente que não esperam ver-me a gastar metade de um texto a apelar à venda de gameboxes para o Dragão ou a compras na Loja Azul. Apesar de aqui fazer apenas opinião, eu venho do jornalismo e sei que, mesmo na opinião, a independência não é uma questão menor. 

Entre outras coisas, o Eduardo Barroso não gostou que eu tivesse escrito que comprar um jogador por 300 mil euros e logo colocar-lhe uma cláusula de rescisão de 60 milhões, como o Sporting fez com Cissé, é uma jogada de marketing para excitar sócios e nada mais do que isso. Pois então, agora acrescento: é também uma forma indelicada de ofender o vendedor (a Académica), fazendo passar a mensagem de que venderam caviar julgando estar a vender ovas de sardinha. Não gostou que eu tivesse escrito que o corte de relações com o FC Porto, decretado por Bruno de Carvalho, não passou de uma bravata sem sentido, também para impressionar os sócios. Então, vou repetir o que já escrevi antes: não ponho as mãos no fogo pelo dirigente portista Adelino Caldeira. Mas também não assisti à cena de Olhão e apenas tenho a versão do «ofendido» - e sei que ela foi causada pelas anteriores declarações provocatórias e ofensivas do presidente do Sporting sobre o FC Porto: não surgiu do nada. Mas, de qualquer forma, penso que um dirigente, numa cena pessoal, não representa todo um clube - e, se assim fosse, também o FC Porto poderia ter cortado relações com o Sporting, quando um dirigente deste clube insultou um dirigente portista no camarote presidencial de Alvalade, durante o último Sporting-FC Porto. 

Já aqui escrevi que tenho apreciado a forma como Bruno de Carvalho se tem atirado aos empresários do futebol, aos ganhos pornográficos deles e de alguns jogadores, e a certos negócios esconsos que por aí proliferam. Escrevi-o e mantenho-o. Mas temo que o estilo casca-grossa de Bruno de Carvalho, aplicado a torto e a direito para impressionar o pagode, venha a causar mais danos do que ganhos ao Sporting. Causa um grande efeito mediático cortar relações com o FC Porto, não se desse o caso de depois ficar à mercê da represália, como depois aconteceu com o caso Bruma. Quem escolhe ir à guerra, deve estar preparado para dar e levar: não pode declarar guerra e depois gritar; «Deixem-nos em paz!» Para mim, é claro que, por estratégia, Bruno de Carvalho escolheu, desde o primeiro momento, desafiar o FC Porto e, consequentemente, buscar apoio junto do Benfica. Está no seu direito, já vários outros o fizeram antes dele, mas depois não se pode queixar, se as coisas lhe correrem mal. É caricato vê-lo a queixar-se, por exemplo, de o FC Porto ter comprado o Ghilas ao Moreirense, sem que este último, supostamente, tivesse feito uma notificação em devida forma ao Sporting para exercer, querendo, o seu direito de preferência. Como se o comprador tivesse alguma coisa a ver com isso ou como se pudesse ser legal um direito de preferência sobre o trabalho de alguém! 

Imaginem que eu, querendo sair da empresa A para ir trabalhar para a B, não o podia fazer a não ser que fosse para a empresa C, com quem a empresa A tinha celebrado um direito de preferência sobre a minha pessoa! Esse estilo de «cheguei e agora vai tudo de arraso!» é o que está na génese do caso Bruma onde os erros de sensibilidade e de gestão de Bruno de Carvalho davam para fazer um manual de tudo o que não deve ser feito, querendo segurar um jogador. Eu sei que, às vezes, não há nada a fazer contra a vontade dos jogadores ou de quem os controla, como é o caso da renovação de Oblak com o Benfica ou de Atsu com o FC Porto (também ele resgatado a um futuro de miséria em África e criado nas escolas do FC Porto). Acontece a todos e, no fim de contas, não vale a pena lamentar-se ingenuamente da ingratidão do jogador ou daqueles que não deixam o Bruma ficar «no clube do seu coração», como escreveu o Eduardo Barroso. Primeiro, porque, salvo raríssimas excepções, o único clube do coração que eles têm é o Banco Central Europeu, que fabrica os euros, e depois porque, como estamos a falar de pessoas e do direito que têm de escolher o seu trabalho, a forma de os desconvencer e atrair é tudo o contrário do que fez Bruno de Carvalho. 

Antes de começar a falar grosso e a cortar relações com todos - o tutor, o empresário e o advogado antes de exigir entender-se directamente com Bruma, sem empecilhos pelo meio, ele devia ter olhado para a situação jurídica do contrato do jogador. E, se o tivesse feito, terá constatado que, como aqui escreveu Paulo Teixeira Pinto, um contrato que prolonga por mais um ano o limite de três que a lei permite celebrar com um menor de 18 anos não passa de uma grosseira fraude à lei, que até deixa mal a parte que a invoca. Mas eu tenho de confessar várias coisas: primeiro, que nunca vi o Bruma jogar e portanto não sei sequer se justifica tanto barulho. Segundo, que não faço a menor ideia se o FC Porto está ou não de olho nele, ou se isso não passa de encenação com o habitual mau da fita. Terceiro, que, como forma de responder à bravata do corte de relações, até percebo a tentação de ir buscar o Bruma a Alvalade, ainda por cima a custo zero — embora, pessoalmente, prefira a aposta nos que já lá estão para o mesmo lugar: Iturbe, Atsu, Kelvin. E, em quarto lugar, não desejo, sinceramente, esse desfecho: teria qualquer coisa de abuso de posição dominante, que não me agrada. 

Todavia, confesso ainda que não é possível ocultar o sorriso irónico que causa o pânico instalado pelas bandas de Alvalade, nomeadamente vendo o presidente do Sporting a arrepiar caminho, tentando agora entender-se com o empresário que antes esconjurava. Repito que tenho seguido com interesse e alguma admiração os primeiros passos de Bruno de Carvalho na sua terrível empreitada. Reitero todo o respeito e simpatia que sinto, instintivamente, pelo Eduardo Barroso. E, como toda a gente que prefere ganhar numa competição que não seja apenas a dois, desejo que o Sporting, paulatinamente, regresse ao lugar que já foi seu. Mas não o conseguirá com bravatas inúteis e uma pose de grande senhor perante quem as leis, os contratos e os costumes devem ceder. E o grito de «deixem-nos em paz!- faz lembrar o grito de «tér, tér!» , que, em Alcácer Quibir, destroçou os exércitos de um jovem rei que também achou que era só chegar e vencer.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Futre para Bruma. De traidor para traidor

Futre ao Jornal A Bola (não, não leva link):

Paulo Futre não acredita que Bruma volte a jogar de leão ao peito. Para o antigo jogador, o extremo deveria dar continuidade à carreira no estrangeiro. Se ficar em Portugal, não duvida que o FC Porto seria o clube ideal para o internacional sub-20, sustentando que o ingresso deste no Benfica não seria tolerado pelos adeptos do Sporting.
«Não vai ser fácil para Bruma, um miúdo de 18 anos, viver em Lisboa se for para o Benfica. Se for para o FC Porto, como foi o meu caso, é diferente, estará mais tranquilo. Mas a melhor solução seria voar lá para fora», sugere Paulo Futre, apontando o dedo à Direção presidida por Godinho Lopes.
«O Bruma é a última pessoa com culpa nesta situação. Também não culpo as pessoas que estão ao lado dele, pois é um grande negócio para eles. Se há alguém culpado nesta situação é a anterior Direcção do Sporting, porque deixou um talento como Bruma jogar na primeira equipa sem acautelar o futuro dele. Foi um risco enorme», critica.
Paulo Futre mostra-se pouco otimista quanto à permanência do jogador em Alvalade: «Tudo é possível numa situação como esta. Como sportinguista gostava que ele ficasse, mas a minha experiência diz-me que ele não vai regressar ao Sporting».

Uma maravilha, desde aconselhar como meter melhor a faca até desculpar Bruma e sus muchachos por gostarem tanto de dinheiro (Então e o Sporting, pá?). Não há vergonha de facto.

PS: Este gajo ainda é sócio do Sporting Clube de Portugal?

terça-feira, 16 de julho de 2013

Fábio Paim no Veria FC, da primeira divisão da Grécia

Fábio Paim, 25 anos, (ainda um jovem...) tem assim nova oportunidade para relançar uma carreira que muito prometeu mas que se revelou intermitente nas últimas temporadas.

Bruma, põem os olhos nisto.

Argumento da novela Bruma

Tudo começa com o menino Bruma a jurar amor eterno ao Sporting, porque gostou de ver o Fábio Paim a saltar para uma piscina e se o Paim estava ali a mandar um ganda cenário na SIC em horário nobre só por ter jogado no Sporting, então é porque o Sporting é bom. Bruma entretinha-se com uma bola de trapos numa picada, enquanto Cátio Baldé açoitava à sua ilharga uns quantos rapazitos e mulheres com mamas muito descaídas ao léu que passavam à sua frente, splash aqui, splash acolá, era vê-los a prostrar-se no solo como malakutés, que é o animal mais parecido com tordos que há na Guiné. Baldé, o capataz, gerava ódios e medos por onde passava, mas Bruma alheava-se de tudo graças à sua bola de trapos. Do nada e numa cena bastante arriscada, Kumba Yalá salta de uma pickup em movimento sobre Baldé e tenta sufocá-lo com o seu barrete. Baldé debate-se com dificuldade. Sentindo o perigo, grita ao menino Bruma para que este acerte com a bola de trapos em Yalá, que depois Baldé levaria Bruma de mão dada até às portas do paraíso como recompensa. Bruma acede, não sem antes fintar desnecessariamente um par de minas terrestres e um pau com uma garrafa de Coca-Cola espetado no chão, que é ao que na Guiné chamam de “pino de trânsito”. Yalá sente o impacto da bola de trapos mesmo ali entre o seu 1º e 2º dentes e fica atordoado, caindo para trás em cima de um monte de palha e de fezes de cabra, dizendo “Manure? I hate manure!”, numa referência ao “Regresso ao Futuro” que ninguém percebeu. 

Então vê-se uma granada a aparecer junto a Yalá, não se sabe vinda de onde, e Yalá fica a olhar para a câmara, numa cena bué “breaking the fourth wall”, com aquela cara de coiote que vai cair no precipício, solta um “yiaks!” e dá-se uma explosão. Bruma chora e fica ainda mais assustado quando, na sequência do estrondo, surge-lhe a cabeça de Nino Vieira a rolar pelo chão até aos seus pés descalços. Devia ter sido a cabeça do Kumba Yalá, que afinal era o tipo que tinha estado na cena, mas os gajos na Guiné estão sempre a morrer e os realizadores pensavam que ninguém iria reparar naquela falha do enredo, naquele que foi apenas mais um de vários erros flagrantes de continuidade. Bruma ficara psicologicamente afectado para o resto da vida e sempre que se sentisse mais confuso estas imagens voltariam a preencher-lhe o cérebro em flashbacks exibidos em tons sépia. Baldé, aliviado, disse para Bruma, “vamos, rapaz, vamos lá tratar das nossas vidas”, com uma palmada nas costas que lhe estalou duas costelas. Em simultâneo, numa zona mais setentrional, Bruno de Carvalho, o patriarca de uma família nobiliárquica, sente um estremecimento súbito enquanto toma o seu pequeno-almoço carregado de croissants e sumos de laranja naturais. “Que foi?”, pergunta-lhe a escultural esposa, ao que Carvalho responde que “não é nada… não é nada, amor”. Dier, o filho predilecto, parece desconfiar, ao passo que Ilori, o filho não tão predilecto, nem deve ter dado conta, distraído que estava a sondar vivendas na zona oeste de Londres no seu iPad.

Bruma já joga no seu sonhado Sporting e diz a toda a gente que ama o Sporting, not the Moutinho kind of love, but real love. E Bruno acredita, Dier franze o sobrolho com o pé atrás e Ilori nem sequer o ouve porque está a escolher que tipo de phones vai levar para o treino. Baldé pede a Bruma que lhe mostre quanto recebeu de ordenado, que ele vai-lhe abrir uma conta num banco muita bom que é o BPN ou BPP ou lá o que é, mas Bruma mostra apenas 2,5 € e um passe da TST. E, ainda por cima, deixa cair os 0,5 € no chão, facto que motiva o aparecimento de Zahavi, o judeu, que, noutro movimento de “breaking the fourth wall”, olha para a assistência e dispara, com um sorriso largo, “chamaram?”, levando o público a bater palmas e a rir-se muito naturalmente, extravasando o seu anti-semitismo sem pudores. Zahavi manda o seu grupo de operações especiais de gajas israelitas limpar o sebo a Baldé e Baldé desaparece do ecrã. Zahavi começa a dizer que Bruma pode ser um novo Djaló, mas com uma mulher a sério como sua esposa, e Bruma, apesar de achar fascinante essa perspectiva, começa a ficar confuso e aquelas imagens em flashback aparecem pela primeira vez. Dier não gosta de Zahavi. Ilori diz que Zahavi nunca lhe emprestou dinheiro para sair à noite e por isso é “má cena”. Bruno abomina Zahavi. O próprio Bruma também não vai com a cara de Zahavi. Ninguém gosta de Zahavi e isso é daquelas coisas que dizem ter raízes históricas e que nunca ficaram completamente resolvidas até hoje. Zahavi acaba por se afastar, mediante compensação financeira contratualmente prevista, não sem antes botar um comprimido no Isostar de Bruma, que tem alucinações com os fantasmas do Natal do passado e do futuro. 

O primeiro fantasma, um tipo vestido à Bobby McFerrin, mostra-lhe o passado humilde, os seus 34 irmãos todos juntos na cubata a mamar na sua mãe, o Brumazinho a brincar com candura com uma Kalashnikov que encontrou casualmente junto a um arbusto, o Baldé a passear com ele num safari e muitos karankutangas, que são animais fofinhos apesar do nome e que só existem em África, a saltar alegremente à volta em perfeita harmonia. O outro fantasma, um tipo despido à 50 Cent, mostra-lhe um futuro de luxúria e hedonismo, o Bruma a laurear-se por Beverly Hills, com a Nicki Minaj debaixo do braço e muita gente cheia de tatuagens e cabelos esquisitos a inalar pó de talco com notas de 100 dólares, trocando pastilhas por intermédio de linguados libidinosos em limusinas apoteóticas e tipos por todo o lado a rimar com gestos epilépticos que cativam a atenção de miudinhas de 12 anos já com mini-saia, celulite e tops que mostram o umbigo. O fantasma Bobby McFerrin exibe uma foto do Paulo Costa e do Alhandra e Bruma não percebe, mas exalta-se quando o fantasma 50 Cent lhe mostra fotos do Cristiano Ronaldo e do Cristiano Ronaldo com madeixas – Bruma tinha tido um momento de revelação. Passou a amar assolapadamente o Mónaco, renegando o Sporting. 

O Sporting foi para casa a chorar, o Bruno, “então, meu leãozinho, o que foi?”, e o Sporting, babado e cheio de ranho, disse que estava farto de ser trocado e de não conseguir assentar, mau grado os implantes de silicone e os facelifts. A mulher do Bruno, agarrada ao seu marido, faz cara de cãozinho abandonado para mostrar compaixão pelo Sportingzinho, mas, lá no fundo, sabe que aquilo já não vai ao sítio, a estupidez e a feiura são congénitas e irreparáveis. Bruno, porém, não desiste. Dier jura vingança, apoiando Bruno. Ilori diz que também apoia, mas primeiro quer passar de nível no jogo da X-Box que está a jogar. Baldé regressa, todo ensanguentado, e nós não percebemos bem porquê, mas aquelas cenas de flashback e a indemnização que tiveram de pagar ao Zahavi para que ele desaparecesse consumiram uma boa fatia do orçamento, fazendo com que tivessem de reescrever o enredo. A partir de agora, ia aparecer um tipo novo a fazer de Zahavi, um gajo assim para o barato chamado Bio, que foi repescado deste post da Cromos daBola, SAD, a única que fez justiça ao potencial deste advogado-na-hora atempadamente.

Durante vários episódios, temendo uma quebra das audiências, os argumentistas tentaram de tudo para suster o público colado ao ecrã. Como em todas as novelas, as coisas embrulharam-se bastante e os episódios iniciais, tão prometedores, ficaram apenas como uma memória difusa. Multiplicaram-se raptos, mal-entendidos, insultos, tráfico de influências, o Bruma foi apanhado na cama com a mulher do Bruno e o Bruno soltou um sonoro “NÃÃÃÃÃO!!!” com a sua voz rouca que fez com que o Zahavi, qual Mr. Burns, se saísse com um “excellent!” lá em Israel, o Baldé descobriu que era pai do Djaló, do Bobó e de uma das filhas do Djaló, o Bruma passou a amar outra vez o Sporting, o Bruno suspirou de alívio quando viu que o Porto não ia ficar com o Bruma e deu-lhe um beijinho que fez corar o Bruma tanto quanto possível, o Dier e o Ilori andaram à porrada porque o Ilori desafinou a cantar a Marcha do Sporting, o Bio concluiu que o Sporting era inconstitucional, o Sporting foi para casa a chorar mais uma vez e encontrou novamente o Bruma na cama, mas desta vez com o Baldé, o Baldé apanhou comichão nos genitais e disse que o Bruma iria ter de o ressarcir, o Bio asseverou que o Sporting tornara Bruma em eunuco e por isso as acusações de Baldé estavam feridas de ilegalidade, o Bruma teve outro flashback com a cabeça do Kumba Yalá/Nino Vieira e agora diz que adora o Bruno mas detesta o Sporting e que o Chelsea é que era mesmo à maneira, o Bruno agastou-se ao ver responsáveis do Porto a aproximar-se das portagens de Alverca, o Bio apresentou documentos que provam que a Guiné nacionalizou o Bruma e exigiu a entrada de capacetes azuis em Alcochete para reclamar território usurpado pelo Sporting, apareceu o Bruma a dizer que o Sporting é o que sempre quis, mas que sempre odiou o Bruno e que tudo não passou do uma artimanha do seu gémeo mau, um gajo igualzinho ao Bruma mas com uma vagina, o Dier assassinou o seu gémeo mau junto a uma ravina dentro de um Ford Escort dos antigos que já estava a arder e sem pneus antes de se despenhar, numa daquelas cenas de baixo orçamento que acontecem amiúde pelo cinema português, o Bio provou que o Sporting não existe e tudo não passa de um holograma gigante engendrado pelo Bruno, o Bruno renovou contrato ao Dier e o Ilori chateou-se e pôs o boné de lado, o Baldé confirmou que estava com urticária e exigiu que o Bruma fosse para o Manchester City para lhe pagar os exames dermatológicos, o Bruma disse que afinal o campeonato espanhol é que é bom, o Futre, numa “guest performance”, teve um episódio inteiro só para si para não dizer coisa nenhuma e o Bio afiançou que o Bruno lhe propôs os serviços da sua esposa para que o Bruma ficasse, mas que achou que essa manobra tinha prescrito na temporada passada e por isso foi ver filmes indianos sozinho para casa. Tudo acabou com a possibilidade de dois fins alternativos à escolha: o primeiro, em que Bruma, Baldé e Bio controlam o mundo a partir do seu palácio instalado no Parque Eduardo VII, com Bruno como criado que lhe leva os gurundungus (espécie de Sugus) guineenses numa bandeja de prata, Ilori como jogral e Dier abandonado numa vala comum, após homicídio perpetrado por Zahavi; o segundo, onde vemos Fábio Paim a apresentar um programa vespertino de Verão na TVI lá para os lados de Alfândega da Fé e, lá atrás, Bruma a fazer de sidekick de Paim, imitando um cão enquanto passa a música de “Who Let The Dogs Out?”, que nessa altura é um êxito outra vez, muito por força da remistura assinada por Ilori.

Este post foi roubado descaradamente daqui.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

«O Sporting tem o motor da normalidade avariado»


É assim que começa a crónica de Alberto do Rosário, do Jornal Record, que tece algumas considerações interessantes:


«Sucessivos gestores, com falta de jeito para a coisa, deixaram a máquina toda avariada e deixaram os adeptos apeados». É uma forma polida de dizer que a anterior direcção só fez merda e agora estamos à beira do abismo.  

«Que a auditoria interna aponte os responsáveis, no mínimo». Apontar vai apontar, e já todos sabemos para onde, o problema é que, com a justiça que há em Portugal, ficaremos por aí.

«Nos dias de hoje já não é o grande que come o pequeno, mas o rápido que come o lento. Com Bruma o presidente não foi rápido e deixou que os média empolassem o caso, que lhe rebentou nas mãos». Sinceramente... tenho de concordar. Bruno de Carvalho antes de comprar uma guerra com Pini Zahavi deveria prever a onda de choque que tudo isto iria gerar. Algum dia esta guerra deveria ser travada, mas neste momento em que o clube está fraco como nunca, não era a altura ideal.





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